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quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Leopoldo Lugones (Argentina: 1874 – 1938)





A ti, única

(Quinteto da lua e do mar)

Piano

Um pouco de céu e um pouco de lago
onde pesca estrelas o grácil bambu,
e no fundo do parque, como íntimo afago,
a noite que olha como olhas tu.

Florescem nos lírios de tua poesia
a cândida lua que sobe do mar,
e em febril delírio de azul melodia,
infunde em ti vaga angústia de amar.

Os doces suspiros que tua alma perfumam
dão-te, como a ela, celeste ascensão.
A noite... os olhos... um pouco de Schumann...
e minhas mãos repletas de teu coração.

Primeiro Violino

Lentamente, já se azula
ao teu pé o mar deserto,
e a lua é de um ouro morto
na tarde rosa-amarela.

Ao soslaio da lua
rijo o gigante labora,
falando-te em baixa altura
das fantasias da lua.

E em lenta palpitação,
já na sombra e mais prudente,
vem a estender-te em tapete
sua juba de leão.

Segundo Violino

A lua te desampara
e afunda em remoto confim
seu ponto de ovo marfim
que verte no mar sua clara.

Meia-noite vai soar,
e aos gemidos das ondas,
trêmula e só, te angustias
em meio à minha alma e o mar.

Contrabaixo

Doce lua do mar que alargas a hora
dos sonhos de amor, pacífica pérola
que o coração em lágrimas entesoura
e não quer chorar para não perdê-la.

Assim o fiel coração torna-se grave,
e por isso o amor, áspero ou brando,
trai um desejo de chorar, tão suave,
que só amarás bem se amas chorando.

Violoncelo

Divina calma do mar
onde a lua dilata
ampla corrente de prata
que induz a peregrinar.

E na pureza infinita
na qual o céu se abateu,
um ilusório lenço teu
gesto de adeus solicita.

E ante a excelsa quietude,
quando em meus braços te estreito
tua alma, sobre meu peito,
é entristecido alaúde.


A ti, única


(Quinteto de la luna y del mar)

Piano

Un poco de cielo y un poco de lago
donde pesca estrellas el grácil bambú,
y al fondo del parque, como íntimo halago,
la noche que mira como miras tú.

Florece en los lirios de tu poesía
la cándida luna que sale del mar,
y en flébil delirio de azul melodía,
te infunde una vaga congoja de amar.

Los dulces suspiros que tu alma perfuman
te dan, como a ella, celeste ascensión.
La noche.... tus ojos.... un poco de Schuman...
y mis manos llenas de tu corazón.

Primer Violín

Largamente, hasta tu pie
se azula el mar ya desierto,
y la luna es de oro muerto
en la tarde rosa té.

Al soslayo de la luna
recio el gigante trabaja,
susurrándote en voz baja
los ensueños de la luna.

Y en lenta palpitación,
más grave ya con la sombra,
viene a tenderte de alfombra
su melena de león.

Segundo Violín

La luna te desampara
y hunde en el confín remoto
su punto de huevo roto
que vierte en el mar su clara.

Medianoche van a dar,
y al gemido de la ola,
te angustias, trémula y sola,
entre mi alma y el mar.

Contrabajo

Dulce luna del mar que alargas la hora
de los sueños de amor; plácida perla
que el corazón en lágrima atesora
y no quiere llorar por no perderla.

Así el fiel corazón se queda grave,
y por eso el amor, áspero o blando,
trae un deseo de llorar, tan suave,
que sólo amarás bien si amas llorando.

Violoncelo

Divina calma del mar
donde la luna dilata
largo reguero de plata
que induce a peregrinar.

En la pureza infinita
en que se ha abismado el cielo,
un ilusorio pañuelo
tus adioses solicita.

Y ante la excelsa quietud,
cuando en mis brazos te estrecho
es tu alma, sobre mi pecho,
melancólico laúd.



Jorge Seferis (Grécia: 1900 – 1971)

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