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quarta-feira, 2 de novembro de 2022

Miguel de Unamuno (Espanha, 1864 - 1936)

 Diz-me o que dizes, mar! (traduzido com a colaboração de Isaias Edson Sidney)

Diz-me o que dizes, mar, que dizes, diz-me!
Entretanto não o digas; teus cantares
são, com o coro de teus vários mares,
uma única voz que cantando geme.
Esse mero gemido nos redime
da palavra fatal, e seus pesares,
sob o marulho de nossos azares,
o secreto segredo nos oprime.
Injusto, o destino nos atraiçoa,
silencia a culpa e dá-nos o castigo;
a vida ao que nasceu não lhe perdoa;
a esta enorme injustiça vê comigo,
que assim meu canto com teu canto entoa,
e não me digas o que não te digo.

¡Dime qué dices, mar!

¡Dime qué dices, mar, qué dices, dime!
Pero no me lo digas; tus cantares
son, con el coro de tus varios mares,
una voz sola que cantando gime.
Ese mero gemido nos redime
de la letra fatal, y sus pesares,
bajo el oleaje de nuestros azares,
el secreto secreto nos oprime.
La sinrazón de nuestra suerte abona,
calla la culpa y danos el castigo;
la vida al que nació no le perdona;
de esta enorme injusticia sé testigo,
que así mi canto con tu canto entona,
y no me digas lo que no te digo.
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