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domingo, 26 de setembro de 2021

Jorge Luis Borges (Argentina: 1899 – 1986)

Do livro Elogio da sombra – 21 / 31

  

Acevedo

 

Campos de meus avós e que ainda guardam

Até hoje seu nome de Acevedo,

Indefinidos campos que não posso

De todo imaginar. Meus anos tardam

 

E ainda não divisei suas cansadas

Léguas de pátria e pó, as quais meus mortos

Viram sobre o cavalo, esses abertos

Caminhos, seus ocasos e alvoradas.

O prado é ubíquo. Foram vistos

Em Iowa, no sul, em terra hebreia,

Naquele salgueiral da Galileia

 

Pisados pelos pés do humano Cristo.

Não os perdi. Eles são meus, os mantenho

No esquecimento, em um casual desejo.

 

Acevedo

 

Campos de mis abuelos y que guardan
Todavía su nombre de Acevedo,
Indefinidos campos que no puedo
Del todo imaginar. Mis años tardan

Y no he mirado aún esas cansadas
Leguas de polvo y patria que mis muertos
Vieron desde el caballo, esos abiertos
Caminos, sus ocasos y alboradas.

La llanura es ubicua. Los he visto
En Iowa, en el Sur, en tierra hebrea,
En aquel saucedal de Galilea

Que hollaron los humanos pies de Cristo.
No los perdí. Son míos. Los poseo
En el olvido, en un casual deseo.

 


Jorge Seferis (Grécia: 1900 – 1971)

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