Mostrando postagens com marcador Chile: Gabriela Mistral (1889 – 1957) - Tiveste-me / Me Tuviste. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Chile: Gabriela Mistral (1889 – 1957) - Tiveste-me / Me Tuviste. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Gabriela Mistral (Chile: 1889 – 1957)



  
Tiveste-me

Esta água medrosa e triste,
qual criança que padece,
antes de tocar a terra
desfalece.

Mansa a árvore, manso o vento,
e em silêncio estupendo,
este fino pranto amargo
descendo!

O céu parece um imenso
coração que se abre, amargo.
Não chove: é um sangrar lento
e longo.

No abrigo do lar, os homens
não sentem esta amargura,
este envio de água triste,
da altura.

Este longo e fatigante
descender de águas vencidas,
rumo a esta Terra jazente,
transida.

Chove... e como o chacal trágico
a noite espreita na serra.
O que vai surgir, na sombra,
da Terra?

Dormireis, no entanto fora
cai, sofrendo, esta água inerte,
esta água letal, irmã
da Morte?


Me Tuviste


Esta agua medrosa y triste,
como un niño que padece,
antes de tocar la tierra
desfallece.

Quieto el árbol, quieto el viento,
¡y en el silencio estupendo,
este fino llanto amargo
cayendo!

El cielo es como un inmenso
corazón que se abre, amargo.
No llueve: es un sangrar lento
y largo.

Dentro del hogar, los hombres
no sienten esta amargura,
este envío de agua triste
de la altura.

Este largo y fatigante
descender de aguas vencidas,
hacia la Tierra yacente
y transida.

Llueve... y como un chacal trágico
la noche acecha en la sierra.
¿Qué va a surgir, en la sombra,
de la Tierra?

¿Dormiréis, mientras afuera
cae, sufriendo, esta agua inerte,
esta agua letal, hermana
de la Muerte?




Jorge Seferis (Grécia: 1900 – 1971)

  Argonautas   E se a alma deve conhecer-se a si mesma ela deve voltar os olhos para outra alma: * o estrangeiro e inimigo, vim...