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quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

Giacomo Leopardi (Itália: 1798 – 1837)


O Infinito

Sempre caro me foi aquele ermo monte,
E aquela sebe, que de tanta parte
O olhar desprende do último horizonte.
Mas sentando e fixando ilimitados
espaços mais além, e sobre-humanos
silêncios, e a profundíssima paz,
no pensar devaneio, onde por pouco
o coração não treme. E como ao vento
ouço fremir por entre as plantas, eu,
a esta voz, este infinito silêncio
vou comparando: e sobrevém o eterno,
e as extintas estações, e a presente
e viva, e os seus sons. Assim em meio a esta
imensidão se afunda o meu pensar:
E é doce o naufragar-me neste mar.


L'Infinito


Sempre caro mi fu quest’ermo colle,
e questa siepe, che da tanta parte
dell’ultimo orizzonte il guardo esclude.
Ma sedendo e rimirando, interminati
spazi di là da quella, e sovrumani
silenzi, e profondissima quiete
io nel pensier mi fingo, ove per poco
il cor non si spaura. E come il vento
Odo stormir tra queste piante, io quello
infinito silenzio a questa voce
vo comparando: e mi sovvien l’eterno,
e le morte stagioni, e la presente
e viva, e il suon di lei. Così tra questa
immensità s’annega il pensier mio:
e il naufragar m’è dolce in questo mare.

Jorge Seferis (Grécia: 1900 – 1971)

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