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sábado, 18 de julho de 2020

Alfonsina Storni (Argentina: 1892 – 1938)



Tu, que nunca serás


Sábado era, e capricho o beijo dado,
capricho de varão, audaz e fino,
mas foi doce o capricho masculino
a este meu coração, lobinho alado.
Não que creia, não creio, se inclinado
sobre minhas mãos te senti divino,
e embriaguei. Sei que este vinho fino
não é para mim, mas joga e roda o dado.
eu sou essa mulher que vive alerta,
tu o formidável varão que desperta
em uma torrente que se alarga em rio,
e mais se encrespa enquanto corre e poda.
Ah, bem resisto, mas tu me tens toda,
tu, a quem ter por inteiro eu não confio.


Tú, que nunca serás.


Sábado fue, y capricho el beso dado,
capricho de varón, audaz y fino,
mas fue dulce el capricho masculino
a este mi corazón, lobezno alado.
No es que crea, no creo, si inclinado
sobre mis manos te sentí divino,
y me embriagué. Comprendo que este vino
no es para mí, mas juega y rueda el dado.
Yo soy esa mujer que vive alerta,
tú el tremendo varón que se despierta
en un torrente que se ensancha en río,
y más se encrespa mientras corre y poda.
Ah, me resisto, más me tiene toda,
tú, que nunca serás del todo mío.

Jorge Seferis (Grécia: 1900 – 1971)

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