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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Karina Gálvez (Equador: 1964 – )





Cascatas de lembranças


Flutuando em minha memória, ainda se agita aquela lembrança
De quando fazias cascatas de vinho em meus seios.
Daquela flauta doce que cortava o silêncio,
Quando o mesmo Zamfir celebrava nossos beijos. [1]

Recordo teu olhar encalhado no meu,
Jogando o jogo eterno de amar-nos pela vida.
Ainda bailo entre teus braços, de olhos abertos,
Flutuando em nosso espaço, nossa dança em silêncio.

Pequenina em tuas mãos, mansa como uma gatinha,
Ronronando em teu colo, repousando contigo.
O passar dos dias não conseguiu apagar-te
Desta vivência minha que tem sido o adorar-te.

Poderão passar cem anos e ainda seguirei sentindo
Que foi hoje pela manhã que me comeste aos beijos.
Intensa, amor, que intensa, esta vida contigo;
Nosso lar tem tua essência fundida em seus tijolos.

És tu meu passado, meu presente e meu futuro.
Embora estejas ou não, meu corpo é apenas teu.
Tua é também minha alma, tua também minha vida,
Tuas serão minhas lágrimas, teu é sempre meu riso.

Flutuando em minha memória, ainda vibra esse poema
Do declínio do sol que amornava o oceano,
Ainda vibram os vulcões que visitamos juntos,
E aqueles mananciais que banham nosso mundo.

Flutuando em minha memória, sempre tu me acompanhas,
Teu amor é a cascata com a qual tu me banhas.
Flutuando em minha memória, minhas horas tornam-se versos
Que fluem qual cascatas, dizendo-te “Te Amo”.


Cascadas de Recuerdos 


Flotando en mi memoria, aun vibra aquel recuerdo
De cuando hacías cascadas de vino con mis senos.
De aquella flauta dulce que cortaba el silencio,
Cuando el mismo Zamfir laudaba nuestros besos.

Recuerdo tu mirada encallada en la mía,
Jugando al juego eterno de amarnos con la vida.
Aún bailo entre tus brazos, con los ojos abiertos,
Flotando en nuestro espacio, nuestra danza en silencio.

Chiquitita en tus manos, mansa como un minino,
Ronroneando en tu cuello, reposando contigo.
El paso de los días no ha logrado borrarte
De esta vivencia mía que ha sido el adorarte.

Podrá pasar cien años y aun seguiré sintiendo
Que fue hoy por la mañana que me comiste a besos.
Intensa, amor, qué intensa, esta vida contigo;
Nuestro hogar tiene tu esencia fundida en sus ladrillos. 

Eres tú mi pasado, mi presente y mi futuro.
Aunque estés o no estés, mi cuerpo es sólo tuyo.
Tuya es también mi alma, tuya también mi vida,
Tuyas serán mis lágrimas, tuya es siempre mi risa.

Flotando en mi memoria, aun vibra ese poema
De la caída de sol que entibiaba al océano,
Aun vibran los volcanes que visitamos juntos,
Y aquellos manantiales que bañan nuestro mundo. 

Flotando en mi memoria, siempre tú me acompañas,
Tu amor es la cascada con la que tú me bañas.
Flotando en mi memoria, mis horas se hacen versos
Que fluyen cual cascadas, diciéndote “Te Quiero”.



[1] Gheorghe Zamfir, músico romeno.



Jorge Seferis (Grécia: 1900 – 1971)

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