Foi numa noite como esta...
Foi numa noite como esta e o vento
Debalde a minha porta sacudia:
Longa como um lamento
Longe, longe a meia-noite batia,
Caía a chuva em torrente
das calhas sonoras e tu partiste.
Partiste para sempre, e sobre o leito,
Mordendo a colcha, a face eu pressionava:
Estrugia no peito
O soluço do pranto e eu não chorava.
Assim me abandonaste
E em nosso último adeus não me beijaste.
Não mais te vi depois da
despedida
E nada sei de quem tu agora
sejas.
Quem sabe descaída
No vitupério esperando estejas,
Parada sob a porta,
Por quem compre um beijo teu; ou estás morta.
Ainda que este pensar me atormente,
Não te recordas mais do que é passado,
E fruindo contente
A casta paz de um himeneu sagrado,
Beijas com devoção
Os filhos que do nosso amor não são.
Era una notte come questa...
Era una notte come questa e il vento
Scuoteva urlando la mia porta invano:
Lunga come un lamento
Mezzanotte battea lontan lontano,
Cadea la pioggia a rivi
Dalle gronde sonore e tu partivi.
Tu partivi per sempre ed io sul letto,
Col viso in giù, la coltrice
mordea:
Mi strideva nel petto
Il singuiozzo del pianto e non piangea.
Così tu m’hai lasciato
E il bacio dell’ addio non me
l’hai dato.
Da quella notte
non t’ho più veduta
E più nulla di te
non seppi mai.
Forse tu sei caduta
Nel vitupero ed aspettando stai,
Seduta sulla porta,
Chi compri il bacio tuo; forse sei morta.
Forse, e questo pensier più mi tormenta,
Non ti ricordi più del tuo passato,
E godendo contenta
La casta pace d'un imen beato,
Baci col labbro pio