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quarta-feira, 8 de abril de 2020

Gustavo Adolfo Bécquer (Espanha: 1836 – 1870)



Rima II


Flecha que em voo ligeiro
cruza, arremessada ao azar,
e que não se imagina onde
tremendo se cravará;

folha que da árvore seca
arrebata o vendaval,
sem que ninguém saiba o sulco
onde ao pó retornará;

onda gigante que o vento
marulha e empurra no mar,
e rola e passa, e se ignora
que praia buscando vai;

lume que em círculos trêmulos
brilha, próximo a expirar,
e que não se sabe deles
qual por último se irá;

esse sou eu, que por acaso
cruzo o mundo sem pensar
de onde provenho nem aonde
meus passos me levarão.


Rima II


Saeta que voladora
cruza, arrojada al azar,
y que no se sabe dónde
temblando se clavará;

hoja que del árbol seca
arrebata el vendaval,
sin que nadie acierte el surco
donde al polvo volverá;

gigante ola que el viento
riza y empuja en el mar,
y rueda y pasa, y se ignora
qué playa buscando va;

luz que en cercos temblorosos
brilla, próxima a expirar,
y que no se sabe de ellos
cuál el último será;

eso soy yo, que al acaso
cruzo el mundo sin pensar
de dónde vengo ni a dónde
mis pasos me llevarán.


Jorge Seferis (Grécia: 1900 – 1971)

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