Do livro Elogio da sombra – 21 / 31
Acevedo
Campos de
meus avós e que ainda guardam
Até hoje seu
nome de Acevedo,
Indefinidos
campos que não posso
De todo
imaginar. Meus anos tardam
E ainda não
divisei suas cansadas
Léguas de
pátria e pó, as quais meus mortos
Viram sobre o
cavalo, esses abertos
Caminhos,
seus ocasos e alvoradas.
O prado é
ubíquo. Foram vistos
Em Iowa, no
sul, em terra hebreia,
Naquele
salgueiral da Galileia
Pisados pelos pés do humano Cristo.
Não os perdi. Eles são meus, os mantenho
No esquecimento, em um casual desejo.
Acevedo
Campos de mis
abuelos y que guardan
Todavía su
nombre de Acevedo,
Indefinidos
campos que no puedo
Del todo
imaginar. Mis años tardan
Y no he
mirado aún esas cansadas
Leguas de
polvo y patria que mis muertos
Vieron desde
el caballo, esos abiertos
Caminos, sus
ocasos y alboradas.
La llanura es
ubicua. Los he visto
En Iowa, en
el Sur, en tierra hebrea,
En aquel
saucedal de Galilea
Que hollaron
los humanos pies de Cristo.
No los perdí.
Son míos. Los poseo
En el olvido,
en un casual deseo.
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