domingo, 31 de julho de 2022

Lilian Serpas (El Salvador: 1905 – 1985)

 

A noite

 

 

Criatura entre outros ‘egos’ desligada,

a noite, em concreção do não concreto

– ao não ser a matéria resignada –

pende de um mundo em seu sofrer concreto...

 

Desnace atrás da luz, finge o secreto

de ver-se no vazio, quando nada

– a não ser a leveza do esqueleto –

equilibra-a deixando-a inventada...

 

O brevíssimo evento que a decifra,

concentra – com voz harmônica a cifra,

que em sua esférica forma a resolve...

 

E no possível, o impossível, erra

– com seus olhos sem luz – indo à procura

da inviolável fulgência que: a envolve...!

 

La noche

 

Criatura entre otros 'egos' desligada,

la noche, en concreción de lo inconcreto

– al no ser la materia resignada –

cuelga de un mundo en su dolor concreto...

 

Desnace tras la luz, finge el secreto

de verse en el vacío, cuando nada

– si no la levedad del esqueleto –

la equilibra dejándola creada...

 

Lo infinitesimal que la descifra,

centra – con voz armonica la cifra,

que a su esférica forma la resuelva...

 

Y en lo posible, o imposible, vaga

– con sus ojos sin luz – yendo a la zaga

de la inviolable lumbre que: ¡la envuelve...!

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