quarta-feira, 13 de outubro de 2021

Adela Zamudio (Bolívia: 1854 – 1928)

O cisne


Sois a flor que em seu talo se dobra,

porque sofre guardando em seu seio,

de um verme escondido o veneno,

que devora meu triste existir;

 

de um verme escondido o veneno,

que devora meu triste existir!

 

Quanta pena há numa lembrança

esquecendo das penas se acalma,

se o esquecimento é o sonho da alma,

mas minha alma não pode dormir...

 

se o esquecimento é o sonho da alma,

mas minha alma não pode dormir!

 

Transtornado por funda tristeza

a dor se reflete em minha fronte,

quão amarga é minha vida presente,

quão amargo será o porvir

 

quão amarga é minha vida presente,

quão amargo será o porvir!

 

És o cisne que canta dolente

de minha morte o instante esperando

Eu que sempre vivi pranteando

Quero ao menos cantando morrer

 

Eu que sempre vivi pranteando

Quero ao menos cantando morrer!

 

El Cisne

 

Soy la flor que en su tallo se dobla,

porque sufre guardando en su seno,

de un gusano escondido el veneno,

que devora mi triste existir;

 

¡de un gusano escondido el veneno,

que devora mi triste existir!


Cuanta pena contiene un recuerdo

olvidando las penas se calma,

si el olvido es el sueño del alma,

pero mi alma no puede dormir…

 

¡si el olvido es el sueño del alma,

pero mi alma no puede dormir!

 

Confundido por onda tristeza

el dolor se retrata en mi frente,

cuan amarga es mi vida presente,

cuan amargo será el porvenir

 

¡cuan amarga es mi vida presente,

cuna amargo será el porvenir!

 

Soy el cisne que canta doliente

De mi muerte el momento esperando

Yo que siempre he vivido llorando

Quiero al menos cantando morir

 

¡yo que siempre he vivido llorando

Quiero al menos cantando morir!

 

 

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