terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Maria Cristina Menares (Chile: 1914 – 2012)



Deixa que eu te ame


Deixa que eu te ame
assim, caladamente,
Sem ânsias, sem palavras,
sem quietude.
Como fumaça que morre
no azul.
Como uma melodia
que se olvida.
Sem risos estridentes
de alegria,
sem pranto lamentoso
na dor.

Quieta, sufocadamente,
sem voz.
Que seja minha ternura
como o eco
de duas asas que voam
a distância.
Como sombra perdidamente
no confim.
Deixa-me que te ame
silenciosamente.
Sem ânsias, sem palavras,
assim!


Déjame que te Quiera


Déjame que te quiera
así, calladamente,
Sin ansias, sin palabras,
sin inquietud.
como humo que muere
en el azul.
Como una melodía
que se olvida.
Sin risas estridentes
de alegría,
sin llanto quejumbroso
en el dolor.

Quieta, ahogadamente,
sin voz.
Que sea mi ternura
como el eco
de dos alas que vuelan
a lo lejos.
Como sombra perdida
en el confín.
Déjame que te quiera
silenciosamente.
Sin ansias, sin palabras,
¡así!




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