Ficou no passado, candente,
a vida
Ficou no passado, candente,
a vida,
o ar multicor dos meus
olhos, o tempo
que a distância e a cada
vento esmagavam
mãos vivas, procurando-me...
Ficou a carícia que não mais
encontro
exceto entre dois sonos, o
infinito
saber despedaçado. E tu,
palavra
que transfiguravas o sangue
em lágrimas.
Nem mesmo trago um rosto
comigo, transmudado em outro
rosto
como a esperança em vinho e
consumido
nos intensos silêncios...
Volto só...
vejo a rósea oliveira entre
dois sonos
distantes, sobre os vasos
d’água e lua
do longo inverno. Volto a ti
que gelas
em minha leve túnica de
fogo.
È
rimasta laggiù, calda, la vita
È
rimasta laggiù, calda, la vita,
l’aria
colore dei miei occhi, il tempo
che
bruciavano in fondo ad ogni vento
mani
vive, cercandomi…
Rimasta
è la carezza che non trovo
più se
non tra due sonni, l’infinita
mia
sapienza in frantumi. E tu, parola
che
tramutavi il sangue in lacrime.
Nemmeno
porto un viso
con me,
già trapassato in altro viso
come
spera nel vino e consumato
negli
accesi silenzi…
Torno
sola
tra due
sonni laggiù, vedo l’ulivo
roseo
sugli orci colmi d’acqua e luna
del
lungo inverno. Torno a te che geli
nella
mia lieve tunica di fuoco.
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