quinta-feira, 30 de abril de 2020

Ben Jonson (Inglaterra: 1572 – 1637)






A Célia


Brinda-me apenas com teus olhos,
E eu com os meus prometerei;
Ou deixa na taça não mais que um beijo,
Que eu por vinho não procurarei.

A sede que da alma se eleva,
Exige uma bebida que é de Zeus:
Mas se de seus néctares divinos eu provasse,
Não os trocaria pelos teus.

Enviei-te então uma guirlanda rósea,
Não tanto para te honrar
Mas para dar a ela a esperança
de jamais murchar;

Mas tu apenas a cheiraste,
E a mim a devolveste,
Desde então ela cresce e rescende, juro,
Não a ela, mas a ti.


To Celia


Drink to me only with thine eyes
And I will pledge with mine.
Or leave a kiss but in the cup
And I'll not look for wine.

The thirst that from the soul doth rise
Doth ask a drink divine;
But might I of Jove's nectar sup,
I would not change for thine.

I sent thee late a rosy wreath,
Not so much hon'ring thee
As giving it a hope that there
It could not withered be;

But thou thereon did'st only breathe,
And sent'st it back to me,
Since when it grows and smells, I swear
Not of itself, but thee.



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